ATA DA VIGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 31-3-2010.

 


Aos trinta e um dias do mês de março do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Pancinha, Marcello Chiodo, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Neuza Canabarro e Sebastião Melo. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Elias Vidal, Ervino Besson, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Toni Proença e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pelo vereador Marcello Chiodo, o Projeto de Lei do Legislativo nº 040/10 (Processo nº 0939/10). Também, foram apregoados os Ofícios nos 270 e 271/10, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, os Projetos de Lei do Executivo nos 006 e 007/10 (Processos nos 1240 e 1241/10, respectivamente). Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios s/nº, do vereador Silvino Maróstica, Presidente da Câmara Municipal de Nova Pádua – RS –; nos 01/10, do senhor Eriton Gonçalves Talarico, Diretor-Geral da Câmara Municipal de Caçapava do Sul – RS –; e 225/10, do senhor Gustavo Meinhardt Neto, Supervisor Operacional da Caixa Econômica Federal – CEF. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Décima Segunda, Décima Terceira e Décima Quarta Sessões Ordinárias. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Adeli Sell, Fernanda Melchionna, Sebastião Melo, Pedro Ruas, este pela oposição, Paulinho Ruben Berta, Luiz Braz e João Antonio Dib, este pelo Governo. Na ocasião, por solicitação do vereador Ervino Besson, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Turíbio Mative Sobrinho, falecido no dia vinte e oito de março do corrente. A seguir, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados os Projetos de Resolução nos 048 e 051/09 (Processos nos 5348 e 5812/09, respectivamente). Em Votação Nominal, 2º Turno, esteve o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/08 (Processo nº 2085/08), o qual teve sua votação adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador João Antonio Dib, tendo-se manifestado a respeito o vereador Sebastião Melo. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 234/09 (Processo nº 5249/09), por vinte e seis votos SIM, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, João Pancinha, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Ruben Berta, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Elias Vidal, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 317/05 (Processo nº 7006/05). Em Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 049/09 (Processo nº 1363/09), o qual, após ser discutido pelo vereador Adeli Sell, teve sua votação adiada por duas Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do vereador Adeli Sell. A seguir, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 221/09, discutido pelo vereador Aldacir José Oliboni, 010/10, discutido pelos vereadores Adeli Sell, Engenheiro Comassetto e Aldacir José Oliboni, 019/10, discutido pelos vereadores Adeli Sell e João Antonio Dib, 031 e 035/10; em 2ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/10, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/10, discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto e Reginaldo Pujol, o Projeto de Lei do Legislativo nº 189/09 e o Projeto de Resolução nº 008/10. Ainda, durante o período de Pauta, pronunciou-se o vereador Elias Vidal. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Mauro Zacher e Alceu Brasinha. Às quinze horas e quarenta e seis minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro e Mario Manfro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Nelcir Tessaro, colegas Vereadoras, Vereadores, meu caro Ver. DJ Cassiá; nós queremos tratar hoje com toda a tranquilidade, porque os nossos sete Vereadores têm sido acionados diuturnamente sobre um conjunto de abandonos que há em Porto Alegre. O Prefeito José Fogaça, ao abandonar o cargo ontem, nos deixou uma Cidade com uma herança muito preocupante. As praças estão tomadas de matagal. Agora, eu sei que o Líder do Governo vai sempre estar nos ouvindo, o Ver. João Antonio Dib, sempre atento, sempre presente, desde a primeira hora até a última hora neste plenário, só que eu acho que o Ver. João Antonio Dib vai precisar ter um laptop na sua frente ou um calhamaço, um grande livro para as anotações dos problemas que nós vamos aqui lhe apontar. Ver. João Antonio Dib; as praças estão sob um matagal. Não há praça limpa hoje em Porto Alegre. Eu quero, depois - inclusive se o senhor quiser informações, posso lhe passar -, falar dos problemas que houve com a maldita Algert, e nós temos que acabar com essas cooperativas piratas na Cidade, porque elas trazem malefícios. Mas não é só isso, como diz o Ver. Carlos Todeschini, as “coopergatos”, como diz um outro colega, as “coopertrampo”. É uma linguagem dura, eu sei, mas essa é a linguagem da verdade, e é a verdade que nós buscamos.

Ver. João Antonio Dib, as calçadas estão detonadas. São os proprietários que têm que arrumar, sim, mas se faltam 122 fiscais, pela palavra da Srª Secretária Municipal da Administração, é porque faltam 122 fiscais! Ontem, ela me disse que as contratações provavelmente começariam no dia 15 deste mês. Eu quero, portanto, que V. Exª veja a contratação de todos os fiscais faltantes da Cidade.

Na SMIC - na semana que vem, vai estar aqui o Secretário, e eu tenho certeza que o Cecchim vai dizer que o Ver. Adeli Sell está com a razão, porque faltam muitos fiscais. Já eram poucos na época da Gestão Adeli Sell, e já faz seis anos que passei por lá - faltavam fiscais, então agora, com as aposentadorias, com as pessoas que foram para outras Secretarias, faltam mais fiscais.

Não bastasse isso, Ver. DJ Cassiá, V. Exª sempre muito atento, é outro dos poucos sempre presentes aqui, queria que falasse com o novo Secretário, Cássio Trogildo, para que cuidasse dos buracos nas ruas da Cidade, Ver. Alceu Brasinha. Está muito ruim! Não há pneu que suporte a buraqueira na Cidade, Ver. Alceu Brasinha. Pode ser bom para o vendedor de pneus, mas é mau para a Cidade. Então, vamos cuidar dessa questão.

Não bastasse isso, há o problema do trânsito. Mas aí eu quero dar tempo, Ver. João Antonio Dib, porque eu queria hoje soltar alguns foguetes - não pude - porque o Senna não saiu ontem, mas sairá nos próximos dias. Eu estou, Ver. Carlos Todeschini e Ver. Engenheiro Comassetto, com uma grande expectativa de que, finalmente, nós vamos ter algum Secretário que possa minimamente fazer algumas coisas e, mais do que qualquer coisa: ouvir os Vereadores. Porque esse Senna, além de abandonar a Cidade, de deixar a Cidade numa situação dramática, ainda não fala conosco.

Ver. Sebastião Melo, nós precisamos resolver essa situação de abandono da Cidade. Uma nova era começa na Cidade, como alguns anunciaram, com uma nova Gestão. Não sei; vamos ver. Eu não quero fazer nenhuma crítica por antecipação, mas quem já se reuniu com o Dr. Casartelli, o novo Secretário da Saúde, sabe que, por qualquer coisinha, ele se irrita e sai de reuniões, como eu já presenciei. E deixou - Ver. Dr. Raul, não fuja do debate, Vereador - o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas numa situação dramática. Portanto, ajudem-nos! Ajudem Porto Alegre a sair da situação de abandono. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara; trago a esta tribuna, hoje, um relato da nossa visita ontem, Ver. Carlos Todeschini, ao Hospital Presidente Vargas. Constatamos, de fato, o abandono com que a Saúde vem sendo tratada em Porto Alegre. Nós visitamos o bloco cirúrgico e apuramos que as cirurgias são desmarcadas, ou não são nem agendadas, em função da falta de anestesistas - porque a Secretaria Municipal de Saúde, o Governo, a Administração Fogaça - e agora Fortunati -, a partir de ontem... Lamentavelmente, porque essa história de dizer que vai ser Prefeito e renunciar no meio está virando moda em Porto Alegre; é a traição da confiança dos eleitores. Isso, de fato, preocupa. Mas por falta de anestesistas, de funcionários, de chamamento de concursados - porque houve concurso, como sempre lembra o Ver. Pedro Ruas, e não são chamados os profissionais que foram aprovados no concurso -, e o fato de não serem chamados, compromete a saúde de qualidade para as mulheres, para as crianças, que é a vocação do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas. Aliás, vale a pena ressaltar também, há o problema do assédio moral a que são submetidos esses funcionários, que fazem longa jornada de trabalho para poder suprir a necessidade de Saúde, e que, lamentavelmente, não tem nem a sua saúde, enquanto trabalhador, garantida, o que dirá garantir uma saúde de qualidade quando falta tudo: recursos, medicamentos, profissionais.

Nós visitamos a área de revelação dos Raios X, onde as pessoas são submetidas a sais altamente tóxicos; a área tem infiltrações, buraco no teto. A lavanderia lava a roupa de todos, lençóis, toalhas, do PACS, do Pronto Socorro, às vezes, dos postos de Saúde; quatro pessoas, Ver. Dr. Raul, trabalham lá 12 horas por dia e folgam um dia, depois de três dias de trabalhos sem máscaras, sem equipamento de proteção individual. O senhor sabe qual é o salário desses trabalhadores? É 530 reais! É uma vergonha o desrespeito com os trabalhadores; é uma vergonha a terceirização da Saúde, Ver. João Antonio Dib, agora Líder do Governo. Esperamos que o novo Secretário - isso foi dito ao Casartelli - responda às reivindicações históricas da categoria. Porque não pode seguir a privatização e a terceirização da Saúde, porque não podem mais faltar funcionários para garantir as cirurgias do povo da cidade de Porto Alegre, porque não pode ter uma sala de atendimento, de entrega de exames em que, Ver. Dr. Thiago, como V. Exª apontou ontem, o teto está com risco de desabar. O teto do lugar onde os usuários estão esperando para ir receber ou entregar as suas consultas pode cair! O teto! A rede de saneamento, quando chove, por vezes vaza e deixa os trabalhadores em condições insalubres, Verª Neuza; em condições insalubres de trabalho! As condições de trabalho desses trabalhadores são uma vergonha, e nós temos que cobrar também do Ministério da Saúde! Porque, quando foi municipalizada a Saúde em Porto Alegre, o Ministério da Saúde se comprometeu a mandar recursos a cada aposentadoria que houvesse nos hospitais da Cidade, e não mandou - não mandou! Então, também tem dedo do Ministério da Saúde, nós temos que cobrar da Prefeitura Municipal - agora, Fortunati.

E mais: esse discurso de que não tem dinheiro para a Saúde, de fato nos preocupa. Foram nove milhões e meio de reais desviados no caso Sollus, e até hoje nenhum centavo foi devolvido. Aliás, o Prefeito Fogaça abandonou, saiu do cargo sem dizer onde estão esses recursos do bolso dos contribuintes que foram lesados, desviados do Programa de Saúde da Família, que poderiam ajudar a resolver o problema do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas.

Portanto, o que falta é vontade política e prioridade naquilo que é mais importante para a população: saúde, educação, assistência social, saneamento, respeito e dignidade. Portanto, deixo o recado: que a Câmara se envolva nessa luta, e muita pressão, agora, sobre o novo Secretário, para que haja o atendimento a essas demandas.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Ervino Besson está com a palavra para um Requerimento.

 

O SR. ERVINO BESSON (Requerimento): Meu querido Presidente, no último dia 28 deste mês, faleceu o professor Turíbio Mative Sobrinho, irmão do nosso segurança aqui da casa, o Otacílio Mative, o qual trato com muita delicadeza, gentilmente; é o nosso artista, o cantor aqui da Casa.

O professor Turíbio formou-se na Escola Rural de Osório e tinha Leonel de Moura Brizola como seu ídolo número um. O Professor que partiu participou de 15 Enarts - Encontro Nacional de Artes e Tradições. Esse encontro começou em Farroupilha e atualmente é sediado pelo Município de Santa Cruz. O Profº Turíbio participou de 15 modalidades como tocador de gaita de boca, esse instrumento que era a alegria de muita gente no interior do nosso Estado. Eu digo isso porque fui criado no Interior. Nessa modalidade, o Profº Turíbio foi campeão por sete vezes; vice-campeão por três vezes; e duas vezes tirou o terceiro lugar. Portanto, pela sua trajetória, pela sua história, meu querido Presidente, nada mais justo do que esta Casa prestar um minuto de silêncio do fundo do coração. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Deferimos o pedido.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoo o PLL nº 040/10, de autoria do Ver. Marcello Chiodo, que concede o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Sr. Alfredo Cesar Maciel de Carvalho.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezado Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores, colegas Vereadoras, em primeiro lugar, quero cumprimentar o novo Líder do Governo, Ver. João Dib, e deixar registrado que o Ver. Valter foi um Líder combativo, cumpriu o seu papel, e o Ver. Dib, agora, tem essa missão. Quero desejar sucesso ao nosso Prefeito Fortunati, porque o sucesso do Fortunati, dando continuidade ao Governo, é o sucesso da Cidade e dos seus cidadãos.

Meu querido Ver. Adeli Sell, homem de luta e de fé, V. Exª se equivoca ao dizer que o Prefeito abandonou a Cidade. O Prefeito foi chamado para uma missão orgulhosa, que é disputar o Governo do Rio Grande do Sul; chamamento feito não só pelo meu Partido, mas também pelo PDT, com uma aliança que, em seguida, ampliar-se-á. Para tanto, quero dizer que V. Exª, a quem respeito muito, está equivocado nessa manifestação. Presidente, vou interromper a minha fala, vou aguardar para que os Vereadores terminem a sua reunião.

 

(Obs.: A Verª Neuza Canabarro procede à assinatura do pedido de CPI.) (Palmas.)

 

(Aparte antirregimental do Ver. Pedro Ruas.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nós temos um orador na tribuna; eu solicito, por favor, respeito ao nosso colega, Ver. Sebastião Melo, que está na tribuna.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Pedro Ruas.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente, como me restam poucos minutos, eu quero dizer que temos - eu tenho um respeito muito grande pelos meus colegas Vereadores e pelas minhas colegas Vereadoras - que analisar a “floresta”, pois quem criou as regras eleitorais atuais não fomos nós, Vereadores.

Eu acho que este discurso de abandonar a Cidade deveria valer também para a Ministra Dilma, deveria valer para o Governador Serra, deveria valer para todos aqueles que saíram em razão da legislação eleitoral, deveria valer para a minha querida Heloísa Helena, na qual eu votei. Se tivesse sido eleita Presidenta da República, ela concorreu sendo Senadora da República. O meu querido Ver. Pedro Ruas poderá se eleger Governador do Estado e vai deixar de ser Vereador, mas o povo o elegeu para ser Vereador. Então, “vamos devagar com o andor, porque o santo é de barro”! A regra tem que valer para todos. E mais, equivoca-se também o meu amigo Adeli Sell, e eu gosto de debater com pessoas qualificadas. Não se trata de um novo Governo, não, Ver. Adeli, trata-se da continuidade de um projeto; o povo votou no Fogaça, votou no Fortunati, votou num projeto para esta Cidade. E eu ouvi ontem, aqui, a reafirmação deste projeto e acredito nele. Portanto, não temos nenhuma dificuldade em debater este tema. Mas vamos debater no campo das ideias, vamos comparar, não há problema nenhum; acho que é um conjunto de obras que esta Cidade está desenvolvendo. Todas as obras de que a Cidade precisa existem? É claro que não, e nenhum Prefeito que chegar lá vai conseguir fazer isso. A obra de nenhum Governo, Ver. Bernardino, é conclusa. Portanto, tem muito caminho pela frente.

Mas eu queria, também, Presidente, e sei, Vereador Líder do Governo, que talvez eu faça uma coisa indevida, mas vou fazê-la. Eu espero a sensibilidade do Prefeito Fortunati, entre tantos desafios que ele teve para compor este Governo, para encontrar uma maneira equilibrada, tranquila, para que o Ver. Ervino Besson continue nesta Casa ou esteja no Governo, na altura do mandato que ele vem cumprindo nesta Casa. Tenho certeza disso, Ervino, porque você tem sido um parceiraço nosso de todas as horas. Talvez eu faço isso indevidamente, mas eu acho que é um sentimento coletivo desta Casa, e quero dizer que nós estamos na forte expectativa de que isso possa acontecer. Portanto, agradeço, Presidente, e quero, sim, debater, na medida do possível, com maior respeito, mas acho que este tema da desincompatibilização tem que valer para todos e não apenas para o Prefeito Fogaça. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a condição física ainda não me permite usar a voz mais forte que este tom. Então, nesse sentido, peço desculpas aos meus colegas. O registro que faço, em primeiro lugar, é da importância do ato que há pouco ocorreu. Neste momento, que é histórico para a Cidade, nós chegamos à décima primeira assinatura do pedido de CPI em relação aos episódios de corrupção que envolvem o Instituto Sollus e a Secretaria da Saúde.

A Verª Neuza Canabarro, do PDT, nos deu a honra de assinar o Requerimento, e quero dizer mais, a Verª Neuza Canabarro, que há poucos dias recebeu a nossa solidariedade, porque enfrentou aqui, e sofreu a mão forte do Governo sobre a sua atuação, sobre o seu pronunciamento, sobre o seu direito de opinião, o direito de opinião, faz neste ato uma forma de engrandecer o Legislativo e o seu poder-dever de fiscalização.

Feito este registro, eu quero dizer também, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, que temos muito orgulho em ter nesta Casa, a partir da Sessão de hoje, o Ver. João Dib, como Líder do Governo. Receba deste Vereador, Ver. João Dib, cumprimentos extensivos ao Prefeito Fortunati, que teve a sensibilidade de nomear V. Exª. Sabemos da sua capacidade de diálogo, das suas intenções, da sua experiência, da sua dedicação a Porto Alegre. Sabemos mais: que tempos mais difíceis de conversação entre base do Governo e oposição, com V. Exª, estão definitivamente sepultados. Por isso, Ver. Dib, receba, respeitosamente, este abraço da tribuna, da Liderança da oposição, certamente em nome de toda a oposição, mas de muito da relação pessoal que temos ao longo dos anos, dos seus dez mandatos, e dos meus quatro mandatos, alternados pelo tempo, a honra e a alegria que tenho de ver que V. Exª será titular dessa função que é da maior importância, da maior relevância, e quem ganhará, e muito, será a Cidade.

Ao final, quero deixar claro que, em relação ao Prefeito Fortunati - a quem ouvimos, com atenção, no dia de ontem - temos, como é também a nossa postura, e a nossa obrigação - e aqui falo pela oposição, mas particularmente, em nome do PSOL e da Verª Fernanda Melchionna -, a maior boa vontade. Seremos, como sempre fomos, Bancada de oposição. Isso não foi definido por nós, Vereadores e Vereadoras, foi definido pela Cidade, pelo povo de Porto Alegre que seríamos oposição. E seremos, Ver. Bernardino, mas uma oposição construtiva, uma oposição com a espada limpa, que é a nossa característica. Teremos enfrentamentos duros? Com certeza, Ver. Mauro Zacher, mas todos eles com os parâmetros, com os limites da ética, do coleguismo e daquilo que é melhor para a Cidade. Sabemos respeitar cada Vereador, cada Vereadora que está nesta Casa, porque não foram escolhidos por nós, foram escolhidos pelo povo de Porto Alegre, e, por isso, quem respeita o povo, respeita os Vereadores e as Vereadoras.

O Prefeito Fortunati, com toda a legitimidade, tem os seus projetos, os seus planos, as suas metas. Nós estaremos aqui - Ver. Mauro Zacher, Líder do PDT na Casa - para fiscalizar, para votar, para apoiar o que for correto, criticar o que acharmos errado, cumprirmos o nosso papel.

Desejamos sorte também a S. Exª, o Prefeito José Fortunati. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Paulinho Ruben Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEN BERTA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, todos os que nos assistem, venho a esta tribuna para também felicitar a feliz escolha e a sensibilidade que teve o Prefeito Fortunati, em um ato magnífico de inteligência, de busca de um consenso qualificado para esta Casa, na escolha do nosso ilustre colega, amigo, parceiro, que há 40 anos tem o conhecimento total da cidade de Porto Alegre, João Dib, como liderança desta Casa perante o Governo.

Temos certeza de que esse mar e a travessia desse navio vai-se dar com muito mais tranquilidade e vai-se dar sempre na busca da parceria, que era o objetivo do nosso amigo, colega, hoje Secretário da SMIC, Ver. Valter Nagelstein, que também qualificou esta Casa. Em seu primeiro mandato, ser Líder do Governo, não era uma coisa fácil de conduzir, e ele buscou da melhor maneira possível a sua qualificação.

Então, deixamos aqui um abraço ao Ver. Valter Nagelstein, que seja muito feliz na SMIC e que nos ajude, lá, em todas as nossas dificuldades.

Também quero aqui solicitar a sensibilidade - peço também ao Líder Ver. Mauro Zacher que também sensibilize o Prefeito Fortunati - para que se mantenha nesta Casa o nosso Vereador e amigo também Ervino Besson, porque construímos aqui uma parceria muito grande.

Portanto, a Bancada do PPS também é solidária, Ver. Sebastião Melo, na sua reivindicação, porque ela é justa e faz justiça a todos nós.

Eu estive no almoço da Federação para escutar e acompanhar os projetos para a Copa do Mundo de 2014, colocado pelo nosso sempre Deputado e Secretário da Copa Paulo Odone, que levou informações muito preciosas para o desenvolvimento que Porto Alegre começará a receber com o início das obras que serão feitas para a Copa de 2014.

Eu gostaria de fazer um alerta, pois tenho ouvido muito pouco - talvez eu esteja errado - sobre a questão da segurança que vem para esta Cidade, acompanhando esse legado que a Copa irá deixar nos estádios, nas vilas, nos bairros, na cidade de Porto Alegre. Quais os projetos que existem? Então, vou procurar o Secretário Paulo Odone, vou procurar a Secretaria de Segurança para nós podermos dizer isso, porque tem a qualificação dos nossos adolescentes, dos nossos jovens das vilas periféricas de Porto Alegre que precisam dessa oportunidade. Um exemplo prático eu quero trazer aqui: o Conjunto Residencial Rubem Berta localizado na Zona Norte de Porto Alegre construiu um restaurante-escola, com uma única finalidade que não o de vender alimentação barata, por um valor simbólico; o Bandejão faz um excelente trabalho na cidade de Porto Alegre que é o de qualificar e criar oportunidades principalmente às pessoas que mais precisam e que moram na periferia, para lá nós criarmos cursos de garçons, auxiliar de cozinha, cozinheiro, administrativo. Também podemos agregar aí cursos de Inglês e de Espanhol, para que todos estejam qualificados a receber os turistas que vêm visitar a nossa Cidade e acompanhar a Copa do Mundo. Nós não podemos receber o público em 2014 se não tivermos pessoas que falem mais de um idioma.

Por isto, hoje, estamos nesta tribuna, em nome da Bancada do PPS, em nome dos Vereadores Toni Proença e Elias Vidal, nos juntando ao senhor, Ver. João Dib, com a mesma transparência e com a mesma parceria que tivemos com o Ver. Valter Nagelstein e com o Governo no todo. Somos parceiros, estamos juntos e vamos trabalhar juntos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu quero aqui fazer um registro, Ver. João Dib, cumprimentando não apenas V. Exª, mas cumprimentando o Governo, o Sr. José Fortunati, pelo acerto de ter escolhido V. Exª para ser Líder do Governo neste Parlamento. Vossa Excelência reúne todas as condições para ser um bom Líder do Governo, tem conhecimento, tem trânsito em todas as Bancadas e, por isto mesmo, eu quero cumprimentar o Governo do nosso Município, porque ele está muito bem representado aqui. Cumprimento V. Exª e me coloco ao seu dispor para que possamos trabalhar juntos naquilo que for necessário.

Com relação à CPI que foi citada aqui por outro grande Líder - que também representa muito bem a oposição desta Casa -, meu amigo Ver. Pedro Ruas, eu não concordo que, embora respeite todas as pessoas que assim pensem, numa questão que está sendo profundamente investigada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, que já fez buscas e apreensões não apenas aqui, mas em várias cidades do Brasil, para tentar esclarecer essa relação do Instituto Sollus, não apenas aqui com a Prefeitura, mas a relação do Instituto Sollus com outras Prefeituras do Brasil; eu não vejo a necessidade e não vejo qual a serventia de nós aqui, Câmara Vereadores, sairmos a reboque, não podendo dar nenhuma nova informação, porque todas as informações que poderiam ser dadas foram passadas para a Polícia Federal e para o Ministério Público. Então, eu não vejo qual a serventia de nós estabelecermos uma CPI aqui, que iria - eu acredito - comer tempo apenas deste Parlamento, mas que não serviria absolutamente para nada, ou, pelo menos, seria apenas uma arma que a oposição poderia usar para passar para a opinião pública que eles estavam defendendo - a essa altura dos acontecimentos - a Saúde pública do Município, e nós aqui estávamos tentando, de alguma forma, proteger o Instituto que não tinha uma boa relação com o nosso Município e com a nossa Prefeitura.

Então, eu acho que essa CPI teria apenas esse condão, não teria um outro, na minha opinião; ela não viria, na verdade, a beneficiar a nossa sociedade, porque a sociedade, nessa altura dos acontecimentos, está apenas, Ver. João Dib, esperando pelos resultados das investigações muito profundas de órgãos especializados, investigações que estão sendo feitas. Não tem um só item, e se alguém puder oferecer um item diferente, aí, sim, eu acho que justificaria nós fazermos uma CPI neste Plenário, mas não existe um só item - a essa altura dos acontecimentos - que já não tenha sido investigado ou que não esteja sendo investigado. Porque tanto a Polícia Federal como o Ministério Público têm todos os dados necessários para que essa investigação possa chegar a bom termo. Nós, como representantes da sociedade, Ver. Pedro Ruas, esperamos que o resultado possa nos esclarecer se essa relação foi pior do que a relação do Município com a Faurgs ou pior que a relação do Município, atualmente, com o Hospital de Cardiologia. Eu acho que esses dados que vão ser trazidos nessas investigações podem nos esclarecer com relação a isso. Agora, simplesmente, a CPI, da forma como ela foi pedida, acho que não se justifica. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, ontem, com a posse do Prefeito, eu fui honrado com a distinção para que represente o Governo nesta Casa. É uma missão difícil, eu não tenho dúvida nenhuma. Já tive uma experiência no passado, como Secretário do Governo, quando eu fazia a ligação do Executivo com o Legislativo - era mais simples. Essa ligação do Legislativo com o Executivo é um pouco mais complicada; nós somos 36 Vereadores e podemos ter muitos problemas. Mas eu tenho a absoluta convicção de que eu terei ao meu lado as Lideranças e os Vereadores na busca de soluções, porque nós não queremos problemas. Eu tenho a convicção de que nenhum Vereador quer criar problema para a Administração, nenhum Vereador quer criar problema para a cidade de Porto Alegre que nós representamos aqui.

Portanto, eu acho que o meu trabalho, talvez, seja facilitado. Claro que eu vou ter que ombrear com o Ver. Pedro Ruas, Líder da oposição, Vereador experiente, competente, ágil e bastante aguerrido, com muita boa vontade; eu vou ter que ombrear com o Ver. Engenheiro Comassetto, o homem que melhor conhece o Estatuto da Cidade aqui dentro da Câmara, tenho certeza disso, e também um especialista em assuntos fundiários; tenho que encontrar o meu amigo Airto Ferronato, homem que conhece tributação, problemas fiscais, problemas orçamentários em profundidade, que vai auxiliar, não tenho dúvida nenhuma; o nosso Líder do PRB, Waldir Canal, que é novo na Câmara, mas vai dar a sua contribuição; e as Lideranças que sustentam e apoiam o Governo também estarão ajudando para que possamos debater, com a tranquilidade que precisam ser debatidos, os problemas da nossa Cidade.

Volto a dizer que é com muita humildade que eu aceitei a indicação do Sr. Prefeito de Porto Alegre, mas tenho uma disposição muito grande para ajudar a resolver, a desatar os nós que acontecem, com muita frequência, aqui no nosso Plenário.

Nós vamos ter compreensão, nós vamos ter a solidariedade dos nossos Pares, e nós vamos ter, também, a preocupação de ouvi-los com a atenção que cada um merece; e aí, nós teremos o nosso Reginaldo Pujol, dando força; o nosso Mauro Zacher, também, Líder do PDT; o João Pancinha vai sair, não sei quem será o Líder do PMDB; aqui, já, o Dr. Raul, que será o nosso Líder; também o Paulinho Ruben Berta; e não podemos esquecer do experiente Luiz Braz, que já demonstrou todo o entusiasmo para que nós façamos um bom trabalho.

Portanto, Sr. Presidente, volto a dizer que aceitei, com humildade, essa indicação. Eu sei que é um caminho árduo, mas, com a certeza de que terei o apoio não só dos Vereadores, mas também dos servidores da Casa, quando for necessário buscar, junto a eles, qualquer informação, qualquer material, para que nós possamos melhor agir, melhor atuar na busca de acertos e de acordos que vão acontecer, muitas vezes, neste Plenário. Portanto, a todos eu digo: Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há mais inscritos. Solicito a abertura do painel eletrônico para o registro de presença dos Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, a fim de que entremos no próximo período da Sessão.

Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 12ª, 13ª e 14ª Sessões Ordinárias. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5348/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 048/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o Troféu Câmara Municipal de Porto Alegre ao Porto Alegre Futebol Clube Ltda.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Mauro Zacher: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-03-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PR nº 048/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5812/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 051/09, de autoria do Ver. Marcello Chiodo, que concede a Comenda Porto do Sol ao professor de dança Edison Luiz Lopes Garcia.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Mauro Zacher: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 29-03-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PR nº 051/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. (Pausa.) Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

 

VOTAÇÃO NOMINAL

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05minutos/sem aparte)

 

2º TURNO

 

PROC. Nº 2085/08 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 001/08, de autoria do Executivo Municipal, que acrescenta parágrafo único ao artigo 33 da Lei Orgânica do Município. (PSF/CLT)

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Waldir Canal : pela aprovação do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA, em ambos os turnos – art. 130 do Regimento da CMPA;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, em 2º turno, o PELO nº 001/08.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Questão de Ordem): Presidente Nelcir Tessaro, agradeço pela Questão de Ordem. Dirijo-me a V. Exª e, em especial, ao Líder do Governo, para fazer um questionamento. Esta matéria foi tratada e aprovada no ano passado quando tratamos dos PSFs. Várias Emendas foram aprovadas, e um Veto foi colocado ao Projeto. Esse Veto já está nesta Casa. Então, acho que, para o bem do andamento dos trabalhos, deveríamos sobrestar esta matéria até enfrentar o Veto. Acho que haverá problemas se votarmos esta matéria, porque, após recomendação do Tribunal de Contas e do Ministério Público, o Prefeito vetou esta matéria. Acho que, se enfrentarmos isso agora, poderemos ter problemas. A minha sugestão é a de que esta matéria seja levada à reunião de Mesa e Lideranças e que fosse votada na outra semana, junto com o Veto. Esta é a minha sugestão.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, vou solicitar o adiamento da votação do PELO nº 001/08 por duas Sessões, para que possamos discutir com os demais Vereadores essa dúvida que foi levantada agora.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando o adiamento da votação do PELO nº 001/08 por duas Sessões. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 5249/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 234/09, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao Senhor Manuel Maria Ventura Ventura.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Mauro Zacher: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 29-03-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 234/09. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 234/09. (Após a apuração nominal.) APROVADO, por 26 votos SIM.

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Elias Vidal, que solicita o adiamento da discussão do PLL nº 317/05, por uma Sessão. (Pausa.) Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Elias Vidal. Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1363/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 049/09, de autoria do Ver. Adeli Sell, que altera os incs. II e IV e inclui parágrafo único no art. 2º e altera o “caput” do art. 3º da Lei nº 8.115, de 5 de janeiro de 1998, que dispõe sobre a instalação de sistema de monitoração e gravação eletrônica de imagens através de circuito fechado de televisão em estabelecimentos financeiros e dá outras providências, determinando que a monitoração e a gravação sejam realizadas em local externo ao estabelecimento monitorado.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Nelcir Tessaro: pela aprovação do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 049/09. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 049/09.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Ver. Tessaro, antes de mais nada, eu quero cumprimentar a Mesa Diretora por seguir os passos do Ver. Melo, que tentava votar todos os Projetos constantes da Ordem do Dia. Este Projeto é extremamente importante para a segurança das pessoas, mas, se não houver segurança absoluta sobre o seu conteúdo, vamos fazer a discussão e pedir o adiamento da votação para dar condições de uma votação segura. Inclusive, eu tinha outro Projeto sobre a questão dos vidros, para o qual estou pedindo sua postergação, até porque fui solicitado para continuar o debate. Eu quero, Verª Fernanda Melchionna, a segurança absoluta do bancário, do usuário do banco e dos transeuntes, por isso nós queremos que os assaltantes de banco estejam longe de onde as pessoas estão, estejam sob a vigia da lei. Queremos segurança para todos e todas, a começar pelos bancários e bancárias que sofrem traumas insuperáveis por causa de assaltos e de violência. Estamos vendo quão violenta está a nossa sociedade, com o uso, inclusive, de armamento pesado pelos bandidos.

Mas eu andei fazendo algumas reflexões, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras, depois de alguns questionamentos sobre os meus Projetos de Lei em relação à segurança bancária, que são antigos. Eu tive o prazer de ter aprovado o meu Projeto sobre as câmeras de vídeo no Supremo, e quem deu a assinatura de que é possível legislar sobre questões locais e segurança bancária foi Sepúlveda Pertence, e isso, para mim, é um orgulho. Agora, eu também quero dizer que não será apenas por essa legislação e outras que nós vamos resolver o problema de segurança.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) V. Exª vai pedir o adiamento da votação?

 

O SR. ADELI SELL: Da votação, sim, vou pedir o adiamento.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: V. Exª acha que não está maduro o Projeto para ser votado?

 

O SR. ADELI SELL: É que, a pedido de algumas pessoas, vou solicitar o adiamento da votação, mas faremos a discussão, até porque acho que ganhamos tempo. E como a douta Mesa Diretora está apressando essas votações, eu sou favorável a fazer o máximo de discussões, porque esta Casa precisa mostrar, inclusive para a imprensa local, que diferentemente do que falam, do que dizem, às vezes, sobre nós, sem estar aqui, e também sobre os outros, comparando-nos aos que não fazem a sua função legislativa, nós estamos, sim, fazendo a diferença nesta Casa.

 

O Sr. Reginaldo Pujol: Vereador, eu vou acompanhá-lo no seu pedido, apesar de que eu sou um dos que tem insistido que temos enfrentar essas votações. Para mim, o seu Projeto está maduro. Eu já tenho minha posição firmada, mas vou atendê-lo na sua exposição.

 

O SR. ADELI SELL: Muito obrigado. Na próxima semana resolveremos isso de bom tamanho. Vou pedir o adiamento por duas Sessões, para que possamos discutir e fazer, de fato, o bom debate, a boa discussão e a votação sem deixar dúvidas a quem quer que seja. Quero, de uma forma muito tranquila e serena, dizer que tenho vários Projetos que já estão na Ordem do Dia para serem votados, e outros encaminhados. Acho que essa questão decidida pela Mesa, já no ano passado e repetida agora pela gestão do Ver. Nelcir Tessaro, nosso colega, é positiva, Ver. Haroldo de Souza: de que votemos, tomemos decisões, assumamos a nossa responsabilidade. E é isso que eu quero, para que possamos, portanto, fazer jus ao nosso mandato popular. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(O Ver. Mario Manfro assume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Adeli Sell, solicitando o adiamento da votação por duas Sessões, do PLL nº 049/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Encerrada a Ordem do Dia. Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4998/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 221/09, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que altera o art. 3º e inclui arts. 3º-A e 5º-B na Lei nº 7.855, de 25 de setembro de 1996, e alterações posteriores, inclui parágrafo único no art. 1º da Lei nº 9.728, de 1º de fevereiro de 2005, e altera o art. 5º da Lei nº 10.428, de 6 de maio de 2008, dispondo sobre a origem e o destino dos recursos arrecadados para a cobertura das despesas relativas ao custeio de eventos a serem desenvolvidos durante a Semana Farroupilha, sobre a localização da Feira Popular de Artesanato, Artes Plásticas, Culinária Artesanal, Antiguidades e Típicos do Rio Grande do Sul e vedando a cobrança de ingresso e de estacionamento em eventos que especifica.

 

PROC. Nº 0457/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 010/10, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que institui, no Município de Porto Alegre, o Programa Cidade Verde Sustentável e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 0641/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 019/10, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que institui a obrigatoriedade de cadastramento de torcedores no ato da venda de ingressos para eventos futebolísticos realizados no Município de Porto Alegre e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 0797/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 031/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Monsenhor Antonio Guilherme Grings o logradouro público cadastrado conhecido como Rua 905, localizado no Bairro Sarandi.

 

PROC. Nº 0887/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 035/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Dona Beca o logradouro público não cadastrado conhecido como Rua 1997, localizado no Bairro Rubem Berta.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 4096/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/09, de autoria do Ver. Valter Nagelstein, que obriga os fornecedores de bens e serviços estabelecidos no Município de Porto Alegre a fixarem data e período para a entrega do produto ou para a realização do serviço e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 0662/10 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 001/10, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que altera os §§ 1º e 2º do art. 91 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, dispondo sobre a substituição do Prefeito no caso de seu impedimento.

 

PROC. Nº 1041/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 008/10, de autoria da Mesa Diretora, que altera o “caput” do art. 4º da Resolução nº 1.559, de 22 de agosto de 2001 – que institui Estágio Curricular para estudantes de estabelecimentos de ensino médio e superior na Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, passando os números de postos de Estágio Curricular de Ensino Médio e de Estágio Curricular de Ensino Superior para 50 (cinquenta) e 98 (noventa e oito), respectivamente.

 

PROC. Nº 1093/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 001/10, que cria o Fundo Municipal do Planejamento Urbano (FMPU), da Secretaria do Planejamento Municipal (SPM), e altera a Lei Complementar nº 612, de 19 de fevereiro de 2009, que cria o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social (FMHIS).

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Vereador na presidência dos trabalhos, Mario Manfro, eu quero, rapidamente, comentar um Projeto do meu colega Aldacir Oliboni, que está se preparando para na sexta-feira ser, mais uma vez, o Cristo na cruz - e aproveito para parabenizá-lo pelas atividades que são realizadas na Semana Santa, na sua região. O Vereador propõe a instituição, no Município de Porto Alegre, do Programa Cidade Verde Sustentável, e acho fundamental que a gente possa discutir programas. Eu fico me perguntando, muitas vezes, por que, em alguns momentos, a começar pela nossa douta CCJ que, Ver. Pedro Ruas, com base em alguns elementos da legislação, normalmente começa colocando a existência de óbice à tramitação de projetos que tratam da questão da instituição de programas. Eu acho que nós temos o direito e o dever de propor a instituição de programas. Se os programas se sobrepõem a outros, se eles conflitam com a lei maior, com a lei do Estado e do Município, tudo bem, é a CCJ, a Comissão de Constituição e Justiça, que tem que dizer que não pode fluir uma determinada proposição, como a criação de um programa. Mas eu acho fundamental que numa sociedade moderna não se dê apenas o poder de decidir sobre programas para o Executivo. Qual a razão de nós termos um Legislativo que não possa, além de fiscalizar, criar leis específicas e tratar de questões orçamentárias que vêm do Executivo, tratar também da implantação de programas? Esta é uma Casa plural, tem a representação do Governo, e, se o Governo achar que não é conveniente, tem que fazer uso da sua maioria parlamentar ou construir uma maioria parlamentar para se opor a esse tipo de proposição.

A outra proposição também vem do meu colega Ver. Aldacir José Oliboni, do qual eu acabo de comentar outro Projeto, que institui a obrigatoriedade de cadastramento dos torcedores no ato da venda de ingresso para eventos futebolísticos de Porto Alegre. Nós estamos vendo, Ver. João Antonio Dib, muitos problemas com as torcidas organizadas, se houvesse um sistema informatizado de venda, e se tivesse, por exemplo, uma leitura ótica do número da carteira, etc. e tal, nós teríamos, sem dúvida nenhuma, grandes facilidades para essa questão.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, o mestre Aldacir José Oliboni faz um Projeto que eu acho de difícil efetivação. Como é que eu vou cadastrar os torcedores no ato da venda do ingresso? Eu gostaria que o Ver. Aldacir José Oliboni explicasse para todos nós como é que pode ser feita essa façanha.

O Sr. Aldacir José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, nós inclusive percebemos que nas outras capitais, onde já há esse controle, quando o cidadão vai passar na roleta tem uma câmera que foca todo o cidadão que entra, que visualiza o ingresso e também o cadastra, visivelmente. Então, nós temos a certeza de que, em dando um problema no estádio, a pessoa além de ter registrado o ingresso pela câmera, ele também foi filmado. Portanto, isso se torna um registro do cidadão entrando no estádio.

 

O SR. ADELI SELL: Indiscutivelmente, é uma atitude importante e cuidadosa. Agora, parece-me que a nossa legislação penal, nesse particular sobre a violência no futebol, sobre as agressões, é uma legislação leniente, muito pouco preocupada com a segurança das pessoas, porque se houvesse maior preocupação com isso, com a legislação federal - e aí eu quero cobrar dos nossos Deputados Federais, e este ano nós podemos ou confirmá-los ou modificar ... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; colegas Vereadores e Vereadoras; quero comentar dois Projetos hoje.

O primeiro é o Projeto já citado do Ver. Aldacir José Oliboni, que propõe ser criado, no Município de Porto Alegre, o Programa Cidade Verde Sustentável e dá outras providências. Eu gostaria de dizer, Ver. Aldacir José Oliboni, que a cidade de Porto Alegre perdeu uma grande oportunidade na Revisão do Plano Diretor. E tenho sido aqui um crítico ao trabalho que a SMAM deixou de fazer quanto às Áreas de Proteção Ambiental do Município de Porto Alegre, pois deveria ter feito um levantamento, para que nós gravássemos, no Plano Diretor, todas as Áreas de Preservação Ambiental do Município de Porto Alegre. Isso gera um conflito muito grande por não termos essas resoluções definidas, aprovadas, organizadas e mapeadas no mapa de Porto Alegre, sejam elas: orla, morros, nascentes, rios. E esperava, como ambientalista que sou, estudioso da Cidade como todos os colegas aqui, que nós pudéssemos ter recebido esse estudo da SMAM, e aprovado.

Portanto, no momento em que o senhor propõe a questão da sustentabilidade, o verde sustentável, nós temos que partir da preservação do ambiente natural e, depois, do ambiente construído, para que se mantenha com as características verdes de que Porto Alegre é uma das cidades-referência.

O segundo Projeto a que quero me referir é do Executivo Municipal, o PLCE nº 001/10, que cria o Fundo Municipal de Planejamento Urbano - FMPU. E quero trazer um tema aqui, prezado Ver. Elias Vidal, nosso Presidente da CUTHAB, que a Cidade está crescendo sem ter um planejamento estruturado, organizado que dê sustentação à vida da Cidade.

Ver. João Antonio Dib - nosso novo Líder do Governo na Casa -, recebemos aqui a presidência da comunidade da Vila Hípica - o Sr. Henrique e vários representantes da comunidade -, pois hoje, Ver. Adeli Sell, dia 31, vence o prazo que a EPTC se comprometeu, na sala da CUTHAB, a dar uma resposta para a expansão das lotações para a Vila Hípica, Belém Novo, Restinga e para toda a Região. Mas, neste momento, especificamente para a Vila Hípica. É um prolongamento das Linhas de Ipanema até a Hípica, onde houve um aumento populacional de mais de dez mil pessoas nos últimos cinco anos, e não houve um incremento dos serviços públicos, do transporte público, da lotação, dos ônibus, das escolas, postos de saúde. E a população que acredita que vai ter uma melhor qualidade de vida acaba tendo, pelo local onde mora e pela moradia, a falta desses serviços, prezado Raul.

Portanto, Ver. João Antonio Dib, quero trazer ao senhor, que é Líder do Governo, esta primeira demanda, até porque o Ver. Valter participou da Reunião e se comprometeu em trazer hoje a resposta à comunidade que veio aqui esperar a resposta da EPTC. Um estudo já está lá há muito tempo, a EPTC anunciou que no dia 22 de fevereiro iria fazer o prolongamento das linhas de ônibus de Ipanema até a Hípica, suspendeu, não deu resposta para a comunidade; fizemos um debate aqui há 15 dias, e hoje é o dia em que vence o prazo, e a comunidade está aqui.

Infelizmente, ou felizmente, houve a troca do comando da Cidade e da Liderança do Governo aqui na Casa. Então, temos a compreensão do tema, estamos lhe trazendo aqui, oficialmente, e somos aliados para entender por que a EPTC não dá resposta aos cronogramas que promete a esta Casa. Certamente, Ver. Adeli - e o Secretário Senna, pelo que sabemos, ainda não foi substituído -, como o senhor disse, alguém que vá para a EPTC terá que ter um diálogo com a Cidade, Ver. Pancinha, um diálogo com Porto Alegre. Inclusive, quero dizer que quase todas as Bancadas aqui torciam para que fosse o senhor, Ver. João Pancinha, a ir para a EPTC. Vossa Excelência está sendo designado pelo Prefeito para a Carris; bom trabalho ao senhor! Precisamos de alguém na EPTC que pense a Cidade, que planeje a Cidade, que dialogue com a população e que cumpra com esta Casa os acordos feitos.

Ver. João Pancinha, o senhor que também é da Comissão, presenciou esse acordo que fizemos lá. Um grande abraço a todos ... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, na nossa Sessão anterior, na última segunda-feira, no período de discussão preliminar de Pauta, nós viemos à tribuna e comentamos o ingresso na Casa deste Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/10, que cria o Fundo Municipal do Planejamento Urbano - FMPU - da Secretaria de Planejamento do Município - SPM -, e altera a Lei Complementar nº 612, de 19 de fevereiro de 2009, que cria o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social.

Eu quero, com relação a essa matéria, reafirmar o que disse anteriormente: este Projeto tem que ser muito bem examinado aqui na Casa. Parece-me, até, Vereador-Presidente, que a sua redação é um tanto quanto superficial. Acho que a luta para adotarmos no Município uma política de Habitação de Interesse Social compatível com as necessidades e as carências do Município, de certa forma terão aqui uma redução no seu potencial. Mas a proposta vai nos ensejar, meu caro Líder do PDT, a oportunidade de discutirmos inclusive o Fundo de Habitação de Interesse Social, cuja instalação eu não sei se já foi formalmente feita, e cuja execução eu desconheço por inteiro que venha sendo feita. Não sei se, desde a criação do Fundo, já estão sendo resguardados esses recursos para serem aplicados na habitação, e se o foi, em que volumes foram? Ao que me consta não foram em volumes algum. Não houve a aplicação desse recurso.

Por isso, Presidente, sustento que o exame dessa matéria deve ser aprofundado, de tal sorte que algumas coisas fiquem muito claras antes de se fazer essa redução dos recursos que teoricamente iam para a Habitação de Interesse Social, e que até agora não foram. Por que, Ver. João Antonio Dib, eu tenho sido insistente nesse particular? Porque ao longo do tempo, quando se criou e se instituiu o Solo Criado no Município, desde os debates com o Ver. Lauro Hagemann, qual era a ideia? Criar um instrumento pelo qual quem tem mais passa recursos para quem tem menos. Quem tem condições de comprar solo para fazer um prédio ali no bairro Bela Vista tem que passar recursos para que se façam casas na periferia da Cidade ou onde for possível para a população de baixa renda. Agora, se depois de tudo isso não se começar a mutilar o Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social, ainda vai chegar o momento em que todo esse esforço virou teoria, virou discurso - entusiasmado, profético, mas não realizado.

Vereador-Presidente, hoje é o último dia de Pauta; este assunto vai para as Comissões, e vamos, Ver. Pedro Ruas, aguardar a Comissão de Constituição e Justiça, para já ali começar a exaurir o assunto, olhar em profundidade, de tal sorte que a gente possa cuidar dele com criatividade e, mais do que isso, com a responsabilidade de quem vem, ao longo do tempo, pugnando, na área de Habitação de Interesse Social, por existência de recursos previamente estabelecidos que possibilitem ao Município fazer projetos de longo prazo sem necessidade de depender de financiamentos externos. Era isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro; quero aqui fazer mais uma saudação, agora na tribuna - já a fiz pessoalmente -, ao novo Líder do Governo, desejo-lhe muito sucesso, e não tenha dúvida do apoio da Bancada do PDT, pois estaremos com V. Exª, Ver. João Dib, nessa caminhada de construção de um Governo, e, ao mesmo tempo, na continuidade de programas importantes já implementados pelo Governo Fogaça. Minha saudação a todos os Vereadores e Vereadoras e ao público que nos acompanha pela TVCâmara e aqui nas galerias.

Fui pego de surpresa quando cheguei a este plenário hoje, não pela assinatura da Verª Neuza, mas, sim, pelo desrespeito a este Líder da Bancada do PDT, que sempre teve uma postura, em relação a todas as Bancadas, de diálogo com as Lideranças, pelo entendimento, pela construção de consensos, e essa sempre foi a política que tenho feito neste plenário.

Olhem, em vários momentos, projetos de Vereadores da oposição tiveram, por parte deste Vereador, o apoio, o entendimento, porque eram projetos bons para a Cidade, embora não houvesse esse entendimento por parte do Governo. E este Vereador se colocou sempre à disposição, porque pensa assim, porque se colocou, às vezes, até em desentendimento com o Governo, porque achava que era bom para a Cidade. Isso teve um custo político, mas fiquei com a consciência tranquila por estar fazer o que era certo. Esta Casa tem uma prática, não só aqui no plenário, mas, semanalmente, nós nos reunimos, conversamos com os Líderes e traçamos uma agenda política para esta Casa. Esta Casa age assim. Agora, este Vereador, que tem sido um parceiro no entendimento e na construção de consenso, foi atropelado, desrespeitado, como se a nossa cadeira ali e a eleição das cinco pessoas que me elegeram não servisse para nada.

Esta Bancada de Vereadores tem um carinho muito especial pela Verª Neuza, pela sua competência, pela sua coragem e pela sua história, levou este assunto à Verª Neuza, que nos prometeu que está reconsiderando, que vai repensar a sua assinatura. Tenho certeza de que a Verª Neuza, tendo em vista o nosso pedido, vai reconsiderar com muita clareza, porque nós nos comprometemos com ela. Não é o fato de estarmos mudando o Prefeito, o fato de o companheiro Fortunati assumir, que nós não estaremos querendo todos os esclarecimentos necessários em relação à Secretária de Saúde, ao Instituto Sollus. As investigações continuam. Nós, Vereadores da Bancada do PDT, e tenho certeza de que todos os Vereadores da Bancada do Governo, queremos um esclarecimento, mas também temos certeza de que este Governo tem méritos na sua transparência.

Então, companheiros do meu Partido que estiveram comigo, tenho certeza absoluta de que a Verª Neuza irá reconsiderar o nosso apelo; entregou a nós a responsabilidade de não nos calarmos, de não sermos omissos, em nenhum momento e em qualquer fato que tenha que ser esclarecido.

Verª Neuza, estamos aqui, não só como fizemos agora ao plenário, mas nesta tribuna, sabendo da sua inteligência, da sua responsabilidade partidária, com o seu compromisso com a Cidade, e, principalmente, delegue a nós, dê a nós, à Bancada do PDT, a condição de continuar fiscalizando, mas não através de uma CPI. Não é necessário ainda, haja vista que todos os caminhos já foram solucionados, e tenho certeza de que as suas reivindicações serão levadas ao Prefeito Fortunati.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Vereador-Presidente; neste momento, Ver. Nelcir Tessaro, colegas Vereadoras, Vereadores, público que acompanha o Canal 16, faço aqui algumas colocações a respeito de alguns projetos deste Vereador e diria, Ver. João Antonio Dib, que os projetos, para terem uma certa aceitação, têm que ser discutidos, são polêmicos, com certeza são polêmicos, mas de extrema importância para a cidade de Porto Alegre.

O Projeto a que V. Exª se refere sobre o cadastramento dos torcedores no ato da venda de ingressos, dizendo que seria quase impossível e tudo mais, já existe na maior parte das Capitais. É uma forma de nós termos a certeza de saber em um possível tumulto, em uma possível agressão de algum colega ou de algum torcedor que está lá naquele momento, e poder ter o registro da sua entrada. Em alguns lugares, inclusive, Ver. João Antonio Dib, quando o cidadão compra o ingresso, ele compra com a identidade, mas neste Projeto de Lei não se trata de cadastrar cada torcedor que chega ao guichê para comprar o seu ingresso. Na maior parte das Capitais, quando o cidadão chega para entregar o seu ingresso, uma vez que o sistema é todo informatizado, o cidadão com o próprio ingresso é filmado; essas imagens ficam num arquivo, vamos dizer assim, do estádio, do Sport Club Internacional ou do Grêmio, enfim, de qualquer outra direção, para que numa possibilidade de uma eventualidade naquele jogo, possam utilizar essas imagens. O Projeto está aí para ser discutido, e cabe aos Vereadores a sensibilidade de perceberem e até melhorar o Projeto com Emendas.

O outro Projeto aqui apresentado, que está em 1ª Sessão de Pauta, discute muito a questão do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Quando nós temos a Semana Farroupilha, em setembro, nós percebemos que ali naquele local são comercializados muitos produtos, e a grande maioria dos cidadãos pergunta: “Afinal de contas, o MTG utiliza esses recursos para quê?” Por exemplo, em uma das Emendas da Peça Orçamentária foram destinados quinhentos mil reais para fazer a drenagem daquela área do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho, inclusive vetada pelo Governo, e aceito o Veto aqui pela Câmara. Nós percebemos que na Semana Farroupilha há uma enorme dificuldade do cidadão em transitar ali. Então, nós estamos questionando e pedindo um esclarecimento para que o MTG, através da exploração do Parque, dos recursos obtidos da terceirização, enfim, do aluguel, nos informe - eu poderia aqui dizer de uma das empresas que exploram a comercialização da bebida e que pagam um valor significativo ali do local -: onde são investidos esses recursos da Semana Farroupilha? Quem sabe parte desses recursos não possa ser investido para a infraestrutura para dar melhores condições ao cidadão que ali circula?!

Então, são Projetos que estão em discussão, e é de extrema importância que os Vereadores colaborem com a melhoria deste Projeto.

Um outro Projeto da Pauta institui, no Município de Porto Alegre, o Programa Cidade Verde Sustentável. Eu queria apenas fazer a leitura de dois artigos, para os senhores verem a importância que tem este Projeto. Artigo 2º (Lê.) “Para o cumprimento desta Lei, o Poder Público Municipal reunirá esforços para o correto reaproveitamento do lixo reciclável, bem como sua destinação para organizações não governamentais, cooperativas e demais entidades sociais que tenham por objetivo a reciclagem e a geração de trabalho e renda para famílias que sobrevivam dessa atividade”. Aí, eu lembrei, Vereador-Presidente, Nelcir Tessaro, que, quando instituído aqui o Projeto da extinção das carroças, nós nos perguntávamos: afinal de contas, como esses cidadãos vão sobreviver... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu sei que o Ver. Elias Vidal já pediu a retirada de votação do seu Projeto, mas quero perguntar, Ver. Vidal: o senhor imaginou o estrago que vai fazer com esse seu Projeto? O senhor já imaginou o que está fazendo, Ver. Elias Vidal?

O Ver. Elias Vidal vem com essa proposta, Ver. Dib, justamente em cima daquele Projeto para o qual levamos cinco anos para aprovar nesta Casa, referente ao Projeto dos bares e restaurantes com relação ao recuo de calçada.

O Ver. Elias Vidal tem uma proposta que eu acho, Vereador, vai causar muito desemprego nesta Cidade; pode ter certeza, Ver. Elias Vidal. Com todo o respeito que eu tenho por V. Exª, sei que também não sou o dono da verdade, mas como, Ver. Luiz Braz, bares e restaurantes que possuem mesas em recuo de calçada, vão manter as mesas nas calçadas só até às 22 horas? Antes da nossa lei, havia um Decreto autorizando o horário até a meia-noite, e o Ver. Elias Vidal vem com essa proposta, achando que vai salvar os proprietários de bares e restaurantes. Ele não vai salvar, ele vai simplesmente afundar, porque, cá para nós, esse cidadão dono de restaurante, de bar, depende disso para viver, Ver. DJ Cassiá - o senhor sabe que viver ali fora é quase impossível. Ver. Pedro Ruas, o senhor foi favorável ao Projeto, e agora o Ver. Elias Vidal vem com esse Projeto literalmente apagando tudo o que nós fizemos. Imaginem, senhores, a proposta do Ver. Elias Vidal: nos locais onde há mesas nos recuos de calçadas, nos jardins, só poderá ter mesas até às 22 horas. Não pode vender bebida alcoólica ali! Daqui a pouco, não sei mais o que pode fazer nesta Cidade. Proíbem bebida alcoólica, Lei Seca; e quem proíbe a maconha? Quem proíbe a droga? Quem proíbe o horário para usar o crack? Quem proíbe? O cidadão tem que pensar muito bem quando apresentar um projeto aqui: onde quer chegar, e como. Não é possível nesta Cidade, uma cidade que quer sediar a Copa do Mundo, ter um projeto, querido Ver. Elias Vidal, dessa dimensão! Realmente, o seu Projeto não vai colaborar com a Cidade, simplesmente vai quebrar os restaurantes e bares, porque só quem sabe é o pequeno empresário. Esse sabe! O pequeno empresário passa muito trabalho, massacrado pelos grandes que fazem propostas as mais absurdas que podem acontecer para deixar o pequeno literalmente arrasado.

Também quero fazer uma saudação ao querido Ver. Chiodo, que está se retirando hoje, e dizer: Chiodo, certamente tu voltas para esta Casa. Eu também teria que me retirar, mas, graças à composição, vou continuar nesta Casa. Boa sorte, Chiodo, continue com esse trabalho bonito que tu fazes pela Cidade...(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que se encontra nas galerias e que nos assiste pela televisão, quero fazer uma reflexão em cima da fala do Ver. Brasinha, porque, como dizem, a moeda tem dois lados, e nós precisamos analisar os dois lados da situação.

Primeiro, o Projeto que trabalhamos, para que seja aprovado, tem três situações: uma, é a de bares em áreas residenciais. Atenção, senhores, o senhor que está em casa nos assistindo pela televisão, siga comigo esta linha de raciocínio: você mora em um bairro da Cidade em que há sossego, há tranquilidade, há paz, daqui a pouco um bar é aberto na sua rua, na sua quadra, no seu bairro, e, portanto, muitas pessoas vão para lá para beber, tomar as suas cervejas - eu não tenho nada contra quem toma a sua cerveja, eu não tomo, mas respeito quem toma a sua cerveja, eu não utilizo bebida alcoólica, nenhum tipo de bebida, mas respeito, desde que não mate outro, desde que não atropele o outro, pois é um problema: sabemos que álcool e direção não combinam. Com relação ao sossego, Ver. Brasinha, penso que o direito de dormir, o direito de alguém descansar, depois de uma jornada de trabalho, é sagrado.

Então, o Projeto, num primeiro momento, dá o direito de esse bar ir até às 22 horas; passando das 22 horas, o bebum, ou aquele que bebe socialmente, ou aquele baderneiro, aquele que incomoda, aquele que bate nas mesas, aquele que azucrina a vizinhança, se quiser, vai para uma zona miscigenada, onde os bares funcionam até a meia-noite - uma área miscigenada, uma área mista. Então, lá ele pode beber, ele pode encher a cara, ele faz o que ele quiser; ali lhe é dado o direito de beber depois das 22 horas à meia-noite.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. ELIAS VIDAL: Eu não sei se o período de discussão de Pauta pode ter apartes, Ver. Brasinha. (Pausa.) Peço a V. Exª que seja rápido, porque eu não pedi aparte para V. Exª.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Ver. Elias Vidal, eu estava em Tempo de Liderança. Vereador, com relação ao seu Projeto, como é que o senhor pode chamar as pessoas que tomam as suas cervejas de bebum? Não pode, Vereador. Não pode!

 

O SR. ELIAS VIDAL: Porque tem também... Não, meu querido, não vamos ser cegos: tem de tudo, até o bebum.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Por mais que sejam, mas são cidadãos que merecem respeito e tem que ser respeitados.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Cidadão é quando respeita o outro; se ele não está respeitando, ele já perdeu a cidadania. Ele está mais para outra coisa do que para cidadão. Vamos botar as coisas nos seus devidos lugares: cidadão é aquele que deixa os outros dormirem, cidadão é aquele que respeita uma área residencial. Este Projeto - e V. Exª não está relatando isto - diz, num primeiro momento, que é até às 22 horas em área residencial; num segundo momento, das 22 horas até a meia-noite em área miscigenada; depois da meia-noite, Ver. Brasinha, em lugares onde há, adequadamente, uma diversão, onde a bebida é vendida, consumida, circulada.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias Vidal, esclareça-me, por favor: este Projeto que está sendo discutido está em Pauta?

 

O SR. ELIAS VIDAL: Está, está pronto para votação inclusive.

 

O Sr. Nilo Santos: Obrigado.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Então, o que nós precisamos entender é que devemos respeitar aquele cidadão que trabalhou o dia inteiro, Ver. Brasinha. V. Exª não quer deixar essas famílias dormirem? Qual foi a maior forma de tortura, na guerra, com o inimigo? Eles não deixavam o inimigo dormir. Agora, alguém que trabalha o dia inteiro, não vai poder dormir porque... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

 

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não havendo mais nenhuma inscrição, está encerrada a Pauta.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão. Boa tarde e feliz Páscoa a todos!

 

(Encerra-se a Sessão às 15h46min.)

 

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